Cerimônias e Eventos

Gomataki

Gomataki se refere ao ato de benzer para purificar corpo e mente. O evento começa com uma missa em japonês seguida pelo benzimento realizado pelos monges. A participação é gratuita, sendo as doações facultativas. Os interessados em participar da missa não precisam ser budistas e podem fazer pedidos para Kannon-Bosatsu, conhecida no Japão como a deusa das graças, possuidora da força de transmitir o caminho da verdade. Caso a pessoa queira, poderá adquirir o “gomagui” (pequena tábua de madeira) para escrever seus pedidos e queimar durante o benzimento, no próprio Templo.

Missas

Telefone para agendamento: (11) 96320-0369

O budismo considera que as missas são uma homenagem ao falecido, e que nessas ocasiões deve-se reunir os familiares e amigos, que muitas vezes não se encontrariam de outra forma. Reunir pessoas que tinham laços com o falecido significa a continuidade do elo que sempre existiu entre elas.

Como agendar e o que levar para a cerimônia

A missa pode ser agendada por telefone: (11) 4076-2905. No dia da missa, deve-se levar o “ihai” do falecido (tabuleta de madeira com o nome budista do falecido, nome da família e a data de falecimento), além de algum doce, fruta ou salgado, para ser colocado como “osonae” ou “obutsuzen”, oferenda para o falecido, para ser colocado no altar do Templo. Normalmente, existe o antigo hábito de servir comida aos que comparecem às missas, mas não é obrigação. É uma maneira carinhosa de a família oferecer alguma coisa para os presentes, principalmente para os que vieram de longe. O tempo reservado para o chá de cada família é de 1 hora.

Os templos são mantidos principalmente através de doações que recebem nas cerimônias, por isso, pode-se deixar um “orei”, ou seja, um valor em agradecimento, mas esse “orei” pode ser levado no dia da missa. O Templo Budista Kannon não exige um valor fixo, cabendo a cada família dar a quantia que puder oferecer.

Quando as missas são celebradas (periodicidade)

7º dia (shõnanoka) – Considera-se que a evolução do falecido aconteça de 7 em 7 dias, ou seja, ele deixa o mundo em que vivemos e segue em direção a um estágio superior. No 7º dia celebra-se o cumprimento da primeira etapa de uma longa jornada.
49º dia (shijuku-nichi) – Após 7 semanas do falecimento, a pessoa já cumpriu todas as etapas e está pronta para o renascimento.
100º dia (hyakkan-nichi) – Nem todas as famílias realizam essa missa. Celebra o fim do período de concentração e treinamento.
1 ano (isshu-ki) – tradição incorporado pelo budismo na China, significa o fim de um período de luto pelo falecimento.

As demais missas representam uma homenagem periódica ao falecido, celebrando sua evolução constante, firme “como a junta de um bambu”. Notar que, excetuando os últimos números 25, 27, 33 e 50, todos os outros são primos, ou seja, só divisíveis por si e por 1:
3º ano (sankai-ki)
7º ano (shichikai-ki)
13º ano (jusankai-ki)
17º ano (jushitikai-ki)
23º ano (nijusanaki-ki)
25º ano (nijugokai-ki) – cerimônia não obrigatória, simboliza uma homenagem pelo transcurso de metade de sua caminhada.
27º ano (nijushitikai-ki)
33º ano (sanjusankai-ki)
50º ano (gojukai-ki) – Na tradição japonesa, a celebração de 50 anos de falecimento era feita pelos vilarejos como um festival, por considerar que o falecido se transformará após o festival num Deus protetor daquela localidade. Essa tradição foi incorporada ao budismo, por considerar a chegada da pessoa à Nirvana, ou seja, a sua transformação em Buda.

Fonte: www.culturajaponesa.com.br autora: Cristiane A. Sato